sábado, 7 de janeiro de 2012

A Descoberta do Orgasmo


Hoje encontrei com um amigo meu de muitos anos atrás, de quando eu era criança, ele era mais novo que eu, bem novinho mesmo. Eu e meus amigos sempre nos reuníamos de noite para assistir pornografia, não nos masturbávamos um na frente do outro, mas conversávamos sobre isso. Esse meu amigo bem mais novo já tocava punheta, mas não gozava, me lembro do dia em que fui atender a campainha e quando abri a porta estava ele pulando de felicidade, tinha ido correndo me contar que tinha ejaculado pela primeira vez. Senti o maior orgulho dele, como se fosse um irmão que estava crescendo e virando mocinho.
Hoje nos esbarramos num barzinho, agora a diferença da idade não é mais gritante, ele tá bem bonito, pensei até que pegaria ele, mas achei melhor me segurar por que ele sempre foi como um irmão mais novo pra mim. Mas também não vou prometer que não vou pegar nunca porque aí também já é demais!

Mas este reencontro me fez lembrar de quando eu era criança e estava descobrindo a sexualidade, duas amigas foram muito importantes nesta época...

Tinha uma menina no meu prédio que eu não ia com a cara dela, era bem mais amiga da irmã do que dela. A gente não brincava juntas, sempre que estávamos no play no mesmo momento nós brigávamos e eu falava muito mal dela pra todo mundo, mas... secretamente nós tínhamos uma brincadeira nossa bem atípica.



Quando íamos pra casa uma da outra e ficávamos sozinhas (na verdade nunca íamos se não fôssemos ficar sozinhas) brincávamos de “marido e mulher”, a brincadeira era bem simples, imitávamos um casal transando de papai e mamãe, totalmente vestidas, claro! Afinal éramos bem novinhas. Mas beijávamos na boca.
Lembro que sentia uma comichão subindo, sentia meu corpo esquentar de dentro pra fora. Não entedia o que acontecia, mas sentia que era errado.
Não acho que brigávamos porque gostávamos uma da outra, na verdade a gente se odiava mesmo, mas gostávamos de brincar daquele jeito e ninguém mais brincava assim. Naqueles momentos era mesmo falsidade pelo prazer.

Nesta época eu gostava também de brincar de “sequestro” com meu primo e com amigas do colégio, simulávamos que alguém era sequestrada, amarrada, batida, cortada, etc, não chegávamos a simular um estupro, mas só esta brincadeirinha já me fazia sentir o que depois descobri que era tesão.

Depois de cansar de brincar com esta menina do prédio (não posso nem chamar de amiga porque não éramos) comecei a brincar parecido com uma amiga do colégio. O mais engraçado é que ela fazia judô e o professor dela dizia para os alunos que ele tinha um jeito mágico de descobrir tudo que eles faziam, então não deveriam fazer nada errado, pois ele descobriria.
Como eu tinha raiva desse professor!!! Era óbvio que era mentira, mas a tonta acreditava e ficava morrendo de medo dele descobrir e acabava sempre parando a brincadeira quando eu estava quase tendo um orgasmo (não que eu soubesse o que iria acontecer se ela não interrompesse, né).
Éramos tão taradinhas que brincávamos disso em qualquer lugar, era só ficarmos sozinhas que começávamos a nos atracar, mas nunca beijamos na boca. Acho que depois que cresceu ela nunca ficou com mulheres, ela deve ser bem hetero.
A gente entrelaçava as pernas e nos esfregávamos tanto que rolava atrito no clitóris, eu sentia meu corpo todo formigar, o formigamento ia crescendo, íamos nos contorcendo, eu começava a sentir uma sensação de urgência, de não poder parar em hipótese nenhuma e a sensação ia crescendo cada vez mais até que a burra parava tudo e levantava porque senão o professor de judô ia descobrir tudo.
O interessante é que eu nunca tinha tido um orgasmo, não sabia o que aconteceria se ela não interrompesse, mas tinha certeza que alguma coisa iria acontecer. E quando ela parava eu ficava com muuuita raiva e mal humorada demais, exatamente como fico hoje em dia se alguém ficar me atiçando e na hora H fizer doce, me dá vontade de espancar o desgraçado!

Mas aí teve o momento que eu finalmente descobri o orgasmo! O meu chuveiro tinha um chuveirinho acoplado, certo dia brincando durante o banho, percebi que a água do chuveirinho quando “esbarrava” na minha piriquita dava uma sensação bem parecida com o que sentia quando eu brincava de “marido e mulher”, eu nem sabia direito que isso vinha da estimulação do clitóris, nem sabia que eu tinha isso!
Então fui fazer um milhão de malabarismos na frente do espelho para conseguir descobrir exatamente como era a minha anatomia. O espelho era alto, então eu tinha que subir na privada... ainda bem que ninguém nunca me pegou fazendo isso, seria suuuper constrangedor!

Então entendi exatamente qual era a parte do meu corpo responsável por aquela sensação deliciosa e comecei a testar o chuveirinho em diversas posições e distâncias, quando consegui ajustar a força da água e acertar onde tinha que colocar o pé e o grau de abertura das pernas consegui ter a sensação que eu tinha quando minha amiga tola desistia da brincadeira, resisti mais um pouco (nunca entendi porque, mas parece que a perna faz força pra fechar) e descobri o que vinha depois, um tremor no corpo todo, todos os músculos do corpo se contraíram, abri a boca e senti o prazer total do meu primeiro orgasmo! Que delícia!!

Nem preciso dizer que desde então meus banhos passaram a ser o terror da minha mãe, eu não queria sair do banho por nada, ficava no mínimo uma hora e meia no banho. Depois de uma hora minha mãe entrava no banheiro, perguntava se eu tinha acabado e ficava surpresa quando descobria que eu não tinha nem passado o shampoo ainda.

Até hoje eu demoro no banho... e descobri que pra isso não preciso estar no banho, hoje em dia é fácil encontrar chuveirinho fora do box, até mesmo no trabalho!

Bom, vou ficando por aqui que já está ficando tarde e eu ainda nem tomei meu banho hoje...

Até logo.
Ninfa

5 comentários:

  1. Adorei o blog, ficou foda!
    A descoberta do orgasmo é quando começamos a viver. Triste é saber que meu filho hoje demora no banho. sai com cabelos secos, olhos pequenos e um singelo sorriso e eu quem fico com a conta! rsrsrs
    Vale a pena!

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  2. Obrigadinha!! Visite sempre!

    Acho que minha mãe só não reclamava por que era a gás, imagina a conta de luz do chuveiro elétrico!

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  3. voltarei!
    fico no aguardo de mais contos!

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  4. Hey, linda! Muito legais suas histórias. Obrigada pelo carinho.
    Umas dicas: na sua apresentação, coloque o ano que você nasceu, para podermos visualizar melhor a sua idade e saber que fase da vida está vivendo. Ajuste sempre a programação do blog, insira alguns widgets. Não deixe de pesquisar, pois essas coisas você só aprende com o tempo.

    **beijos estalados**

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    Respostas
    1. Oi!

      Uma honra receber sua visita no meu blog!
      Muito obrigada pelas dicas, são sempre bem vindas.

      Beijinhos

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